por Luiza Becari
A sonda americana Cassini está programada para voar bem próxima à atmosfera
terrestre em agosto de 1999. Esta data coincide com o começo do próximo Máximo
Solar, e a probabilidade de ocorrerem tempestades geomagnéticas será a maior
desde o último ápice em 1989, quando o blecaute em Quebec aconteceu.
Além dos riscos já esperados que a Nasa assumiu quando lançou no espaço sua sonda contendo uma razoável carga de urânio enriquecido, que é altamente radioativo, sabendo dos riscos que a passagem da sonda perto da Terra teria, também há a possibilidade de interferência de tempestades geomagnéticas e outros efeitos derivados de chamas solares, o que poderia causar danos à sonda Cassini e precipitá-la para dentro da nossa atmosfera de maneira desastrosa. Mais ainda, um alinhamento singular de planetas, chamado A Grande Cruz, também coincidirá com o retorno de Cassini. Opiniões sobre se e como um acidente com a sonda e seu conteúdo radioativo afetariam nosso planeta radicalmente divergem, mas até mesmo aqueles que rejeitam qualquer possibilidade de contaminação admitem que há uma chance de que o Cassini poderá quebrar. Só serão completamente compreendidas a extensão e gravidade dos danos causados quando e se o acidente acontecer.
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